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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

CARNAVALESCO revela como será o encontro das baterias com a Orquestra Sinfônica neste sábado em Copacabana

Por Guilherme Ayupp

Desafiador. É dessa forma que pode ser classificado o evento em que as 13 baterias das agremiações do Grupo Especial se reunirão em Copacabana e tocarão com a Orquestra Sinfônica neste sábado na mais famosa praia do mundo. Com nuances e características específicas o encontro de mais de 1.200 componentes é uma arrojada ideia que levará as escolas de samba a um palco incomum ao que estão afeitas.


A reportagem do CARNAVALESCO acompanhou o ensaio realizado com ritmistas, passistas e casais que ocorreu no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. As escolas se dividirão em dois grupos, um na Avenida Princesa Isabel e outro na Rua Figueiredo de Magalhães. Às 18h, um grande esquenta com cinco minutos para cada escola. O desfile terá início às 19h. As agremiações deixam seus postos e se encontram em frente ao palco, o mesmo onde aconteceu a festa do réveillon. Ao chegar no local as baterias realizam o aguardado encontro com a Orquestra Sinfônica.

O assessor especial da presidência da Liesa, Luiz Gustavo Mostof conta que o evento tem por objetivo realizar algo totalmente diferente do que já foi feito com as escolas de samba e ressalta que pode se tornar algo fixo no calendário da cidade.

– O objetivo do evento é ser completamente diferente de tudo que já foi feito. O desafio é grande. Por isso, os ensaios estão sendo feitos e as escolas estão fazendo tudo para impactar o espetáculo. Uma surpresa legal que vamos fazer é que cada bateria terá cinco minutos para o seu esquenta. Vamos perfilar às 18h e cada uma terá esse prazo. O desfile começa às 19h. Quem gosta de bateria pode comparecer para assistir. Será um andamento único, que nunca foi realizado. Quem sabe vire um carnaval de meio de ano que todo mundo pede? – indaga.

Mostof detalha passo à passo como será o desfile e o encontro das escolas com a Orquestra Sinfônica no palco de Copacabana.

– São dois momentos principais. O primeiro momento é do desfile das escolas. É interessante ressaltar que o andamento que será adotado é de samba clássico, como muita gente pede. No segundo momento as escolas virão, sete da Princesa Isabel e seis da Figueiredo Magalhães. Elas vão se encontrar em frente ao palco. São 1.200 componentes, entre ritmistas, casais e passistas. Ao se cruzarem elas subirão em uma rampa cenográfica com jogo de luzes, projeto do Abel Gomes. Se posicionam atrás do palco em uma meia-lua. Os primeiros casais em cima do palco fantasiados desenvolverão uma coreografia bolada por Carlinhos de Jesus. Nesse momento é que ocorre o grande clímax com as baterias e a Orquestra Sinfônica – explica.

O diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, não vê relação entre o evento ser em parceria com a Riotur, mesmo diante da batalha política entre o prefeito Marcelo Crivella e as escolas. Segundo Elmo, o ideal é a valorização da marca das escolas, como foi nas Olimpíadas.

– O Abel Gomes nos levou para fazer as Olimpíadas, e foi uma visibilidade mundial. Como nosso parceiro ele contratou as escolas de samba. É um desafio esse encontro, é algo que é muito necessário nesse momento. Não interessa se é da prefeitura. O pensar do evento é todo em prol do samba. Pode ser um novo evento que está surgindo, uma experiência. É um grande grito de carnaval em Copacabana – revela.

Elmo fala do desafio que será a reunião de 13 baterias com ritmos, afinações e andamentos diferentes reunidas no mesmo local. Segundo ele se fosse algo simples todo mundo já teria feito.

– As características são diferentes, os andamentos são diferentes. Na verdade, estamos todos sem dormir. Se fosse fácil todo mundo já tinha feito. Vai ter um momento inédito em que todas as baterias irão tocar com a Orquestra Sinfônica. É uma demonstração de força – finaliza.

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