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sábado, 15 de julho de 2017

Sorteio do Grupo Especial: a barreira em desfilar no domingo de carnaval

Por Guilherme Ayupp

O desejo não é mera superstição de sambista. A estatística é macabra com as desfilantes na primeira noite de desfiles. Se considerados os últimos dez desfiles (de 2008 a 2017) apenas uma única vez a campeã desfilou no domingo de carnaval. Só que esse desfile foi simplesmente ‘É Segredo’ da Unidos da Tijuca em 2010, um marco na história recente do carnaval. Os demais títulos foram todos alcançados na segunda-feira.

Os desfiles desmembrados em dois dias surgiram com a inauguração do Sambódromo em 1984. Na ocasião houveram duas campeãs (uma por dia) e uma supercampeã no que hoje é conhecido como Sábado das Campeãs. Portela e Mangueira ergueram a taça no ano de estreia. De lá pra cá a estatpistica com quem desfila na primeira noite é um soco no estômago. Em 34 carnavais só foram campeãs desfilando aos domingos de carnaval, Mangueira (1987), Imperatriz (1994), Mocidade (1996) Vila Isabel (2006) e Unidos da Tijuca (2010). A média é que a cada sete anos sai uma campeã aos domingos.

As teses para não se gostar dos desfiles de domingo são muitas. Muitos defendem que é mero preconceito com a primeira noite e que a cereja do bolo dos desfiles está reservada para a segunda-feira. Há quem acredite que mediante as bolinhas jogarem as escolas para o domingo dirigentes até deixam de investir, se são agremiações ditas favoritas. Mas a tese mais falada por sambistas é a de que os jurados ‘seguram’ as notas 10 para a segunda noite e isso acarreta a enxurrada de títulos conquistados na segunda-feira. De fato mesmo a palpável realidade de que nos últimos carnavais, exceto o inesquecível desfile tijucano de 2010, os mais arrebatadores tem sido mesmo na derradeira noite no maior espetáculo da terra.


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